Servidores federais foram às ruas da cidade na manhã de ontem em um
protesto unificado contra a orientação do Ministério da Saúde em cortar o
ponto dos trabalhadores em greve desde o dia 18 do mês passado.
O ato público aconteceu no Calçadão da João Pessoa e reuniu vários
trabalhadores do Ministério da Saúde, Ministério do Trabalho e Fundação
Nacional de Saúde (Funasa).
O ato foi organizado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Federais
no Estado de Sergipe (Sindisep), o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde,
Trabalho e Previdência no Estado de Sergipe (Sindprev/SE) e SindMisco.
Ricardo Nunes, presidente do Sindicato dos Servidores Federais da
Saúde, informou que o movimento sindical já antecipou a discussão
jurídica sobre a orientação do corte de ponto do Ministério da Saúde no
sentido de bloquear as ações contra os trabalhadores e enfraquecimento
do movimento paredista.
"Antes mesmo de decretar a ilegalidade da greve, o governo federal quer cortar o ponto dos trabalhadores de todos os grevistas, o que representa um atentado ao direito de greve", reage.
Saída
jurídica - Os trabalhadores já estão discutindo uma estratégia jurídica
contra a orientação do Ministério da Saúde. Na quinta-feira, 12, os
sindicatos e Comando de Greve realizaram assembleia no Núcleo do
Ministério da Saúde em Sergipe para avaliar o movimento grevista,
discutir o corte de ponto, orientado pelo Governo Dilma, e retirar nomes
dos filiados que irão participar da Caravana dos Servidores Federais em
Brasília."Antes mesmo de decretar a ilegalidade da greve, o governo federal quer cortar o ponto dos trabalhadores de todos os grevistas, o que representa um atentado ao direito de greve", reage.
O SINDIPREV/SE se reuniu com o Chefe Serviço de Gestão de Pessoal,
para tratar da orientação do Governo Federal sobre o que seria corte de
ponto e comando do código de greve.
O entendimento jurídico do SINDIPREV/SE é no sentido de que a greve é
nacional e que o Governo orienta o comando de Código de Greve para
todos os trabalhadores grevistas e não o corte de ponto, como foi
sugerido pelo Ministério da Saúde.
Além do corte de ponto, Nunes destacou que o ato público é uma forma
de chamar a atenção da sociedade para problemas enfrentados pela
categoria como o congelamento salarial e estrutura deficiente dos
órgãos.
"Há mais de 15 anos os servidores federais não têm os vencimentos
reajustados, um reflexo do descaso do poder publico com a administração
federal", completa.
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Sergipe
(CTB-SE) também participou do ato público. "Desde o ano passado, o
governo, tanto na esfera federal como estadual, tem enrolado os
trabalhadores. Por isso é importante atos públicos como esse que alertam
a sociedade para o desmantelamento da máquina administrativa e a
consequente precarização da oferta de serviços prestados à população",
diz Edival Góes, presidente da CTB-SE.
Reivindicações - As principais reivindicações da categoria são definição da data- base, valorização do salário com reposição fracionária, paridade entre os aposentados e pensionistas contra qualquer medida provisória com os direitos dos trabalhadores. Ele ainda afirma que eles deveriam ter o complemento do salário mínimo.
Reivindicações - As principais reivindicações da categoria são definição da data- base, valorização do salário com reposição fracionária, paridade entre os aposentados e pensionistas contra qualquer medida provisória com os direitos dos trabalhadores. Ele ainda afirma que eles deveriam ter o complemento do salário mínimo.
No próximo dia 18, servidores de todo o pais realizam mais uma marcha
em Brasília em protesto contra a política de arrocho salarial promovida
pelo governo federal.
FONTE: http://jornaldodiase.com/noticias_ler.php?id=1285