Apoiados por dezenas de estudantes, mais de 15
mil servidores de diversas categorias marcharam em Brasília pelo avanço nos
processos de negociação com o governo. A manifestação mostrou que a categoria
está realmente mobilizada e disposta a lutar pelo atendimento de suas
reivindicações mais urgentes. O que inclui principalmente a reestruturação de
carreiras em busca da reposição inflacionária e correção de distorções
salariais que prejudicam a administração pública. Motivados em ver suas
demandas atendidas e chamar a atenção do governo para a importância da
apresentação de propostas concretas aos trabalhadores, representantes de 31
entidades nacionais que compõem a Campanha Salarial 2012 realizaram uma
plenária conjunta onde foi aprovada por unanimidade uma greve geral a partir de
11 de junho.
Mérito das negociações – Após a
marcha, representantes das entidades foram recebidos pelo secretário-adjunto do
Ministério do Planejamento, Valter Correia. As entidades expuseram a
dificuldade que os servidores têm encontrado de obter a apresentação de uma
proposta concreta do governo, o que mesmo depois de oito reuniões na Secretaria
de Relações do Trabalho (SRT) ainda não aconteceu. Correia informou que se o
secretário da SRT, Sérgio Mendonça, ainda não apresentou o mérito das propostas
no processo de negociação ele terá uma conversa para verificar os motivos.
Reforçou ainda que Mendonça tem autonomia e autoridade para negociar com a
categoria.
MP 568 – Em audiência pública na
Câmara dos Deputados que discutiu os problemas contidos na medida provisória
(MP) 568/12, antes PL 2203/11, e que foi fruto de processos de negociação
travados com o governo no ano passado. Com a presença de dezenas de
parlamentares e centenas de servidores, entidades convidadas, entre elas SINDSMISFU, falaram da importância de se
garantir ajustes no texto da MP que - da forma que está - prejudica milhares de
servidores.
O líder do governo no Senado e relator da MP 568,
Eduardo Braga, se comprometeu a se reunir com representantes da Condsef, Andes
e Proifes para discutir os temas centrais que preocupam na MP e buscar as
justificativas para retirá-los do texto da medida. Braga assegurou que não
manterá em seu relatório nenhum item que retire diretos dos servidores.
A categoria deve permanecer atenta. A
participação nas assembleias nos estados será importante para preparar os
setores da base para a greve geral. Acompanhe! Todas as informações de
interesse dos servidores seguirão sendo divulgadas em nosso site e na sede do
Sindicato.